RSS

Festa da Pascoa 2014

Visita ao Santuário dos Mártires de Uruaçu em São Gonçalo do Amarante

Nossa aula teve um momento muito especial na chegada ao Santuário dos Mártires de Uruaçu, lá percebemos o respeito pela lembrança daqueles que um dia morreram em nome da fé. Independente da religião de cada um, houve grande curiosidade e admiração de todos.


Renhan Lyma
                                                                           
Roseane Moura - aluna do 8º ano
                                                                                   
A cultura religiosa de São Gonçalo do Amarante está ligada a figura dos Mártires de Uruaçu que foram dizimados por resistirem às investidas dos holandeses no município.

Professora Sheila Coelho e Sabryna Alves aluna do 8º ano

Tudo começou quando os holandeses, também conhecidos como flamengos, tomaram a iniciativa de invadir o nordeste brasileiro para cobrar as dívidas dos portugueses que construíram engenhos com dinheiro emprestado pela Holanda.





No município de São Gonçalo do Amarante os holandeses encontram a resistência dos moradores dos engenhos e por isso protagonizaram um morticínio com cenas aterrorizantes. 






                                        
As vítimas do massacre de Uruaçu foram levadas de sítios e engenhos adjacentes (Utinga, Potengi e Ferreiro Torto) para o Castelo de Keulen (atual Forte dos Reis Magos). Na manhã do dia 3 de outubro de 1645 foram todos levados em uma jangada pelo estuário do rio Potengi para o local destinado ao sacrifício, onde todos foram condenados pelo crime de amor à Pátria. Poucos sobreviveram à chacina, mas os 80 mortos passaram a ser chamados de Bem-Aventurados Mártires de Uruaçu.



   Entre os fatos mais cruéis desse acontecimento histórico está a morte do camponês Mateus Moreira que teve o coração arrancado pelas costas.


Mateus Moreira teve seu coração arrancado pelas costas, e mesmo com todo o sofrimento ainda pronunciou “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”. Ninguém renegou a Deus e nem a Igreja, morreram com fé e fidelidade.








Jacob Rabbi, alemão a serviço do governo holandês, vivia com os índios Tapuias, em conjunto com Paraopeba, chefe indígena, convertido ao calvinismo, lideraram o massacre. Durante uma celebração, logo após a elevação da hóstia, soldados holandeses trancaram todas as portas da igreja, já esperando estavam os índios potiguares e tapuias que invadiram o local e mataram os colonos presentes a missa. Foram praticados atos com requinte de crueldade. Alguns tiveram o direito a despedida. A sobrevivência dependia da conversão ao Calvinismo, fato rejeitado. Suas línguas foram arrancadas para que não fizessem orações católicas. Braços e pernas foram decepados, crianças partidas ao meio e muitos corpos degolados, foi o cenário do morticínio, porém todos oraram com muita fé até a morte.


Em homenagem ao morticínio foi erguido um monumento na localidade de Uruaçu, próximo aonde ocorreu o martírio, denominado "Monumento aos Mártires", que foi inaugurado no dia 05 de Dezembro de 2000, com a presença de aproximadamente 15 mil pessoas, incluindo diversas autoridades eclesiásticas e governamentais. Local que abrange uma área de dois hectares, doada pela família Veríssimo, proprietária da fazenda. Foi projetado pelo arquiteto Francisco Soares Junior, tendo capacidade para receber 20 mil peregrinos. Atrás do palco há um painel medindo 30 metros









Os primeiros ataques ao venerando sacerdote, Pe. André de Soveral, partiram dos tapuias. O Padre, porém, falando a língua indígena na qual era bem versado, exortou-os a não tocar na sua pessoa ou nas imagens e objetos do altar, sob pena de ficarem tolhidas as mãos e as partes do corpo que o fizessem. Os tapuias recuaram receosos. Mas os potiguares não deram importância às palavras do sacerdote, arremetendo contra o ministro de Deus e “fazendo-o em pedaços”. O autor da façanha foi o principal dos Potiguares Jerera, que, empunhando uma adaga, feriu de morte o Pe. André”.






Em 03 de Outubro de 1645, três meses depois do massacre de Cunhaú, aconteceu outro desta vez em Uruaçú, este também a mando de Jacob Rabbi.
Dizem os Cronistas que, logo após o primeiro massacre, o medo se espalhou pela Capitania e por outras capitanias, a população ficou receosa, pois, tinha medo que novos ataques acontecessem, o que não demorou muito. Foram cenas idênticas, apesar que neste massacre as tropas usaram mais crueldade. Depois da elevação, fecharam as portas da igreja e os mataram ferozmente, arrancaram suas línguas para não preferirem orações católicas, braços e pernas foram decepados, crianças foram partidas ao meio e grande parte dos corpos foram degolados.O Celebrante, Padre Ambrósio Francisco Ferro mesmo vivo foi muito torturado





A cidade se encontra receptivo a todos que buscam reafirmar sua fé, conhecendo o local que foi palco de um grande massacre. No dia 03 de Outubro é feriado estadual em comemoração ao Dia dos Mártires de Uruaçu e Cunhaú, segundo Lei Nº 8.913/2006






0 comentários:

Postar um comentário